É normal a perda de memória em idosos?
Com o envelhecimento, ocorre uma relativa hipotrofia cerebral, redução dos receptores cerebrais e lentidão do processo de armazenamento de novas informações, o que reflete não necessariamente em incapacidade, mas dificuldade de absorver novos aprendizados e resgatar informações recentes.
A proporção da perda de memória natural varia conforme a base adquirida ao longo da vida. Assim, uma pessoa ativa ao longo da vida geralmente acumula perdas mais discretas. Ser ativo envolve a base cultural, uma vida ativa no meio social e familiar, a prática regular de exercícios físicos, o cuidado ao longo da vida com a nutrição equilibrada, a saúde física e mental.
Existem diversas causas de perda de memória patológica (dita como doença), impactando sobre a funcionalidade do idoso: acidente vascular encefálico, trauma craniano, infecção do sistema nervoso central, déficit de vitamina B12, demências, alcoolismo, distúrbios da tireoide, câncer e até mesmo medicamentos, como ansiolíticos, antipsicóticos, anticonvulsivantes e outros. A perda de memória pode ser leve, moderada ou grave, progressiva ou não, reversível ou irreversível.
Portanto, é necessária uma avaliação criteriosa, buscando o diagnóstico correto, comunicação adequada e melhor plano de cuidados. O Geriatra é um médico habilitado para acompanhar o indivíduo idoso com queixa déficit de memória, priorizando sempre uma avaliação individualizada, humanizada e integral.
Dra. Eliza de Oliveira Borges
Geriatra com área de atuação em Cuidados Paliativos
CRM-GO: 14388
RQE: 9751
- Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás;
- Médica Geriatra titulada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia ( SBGG);
- Especialista em Clínica Médica pelo Hospital de Urgências de Goiás ( HUGO);
- Área de atuação em Cuidados Paliativos , titulada pela Associação Médica Brasileira (AMB);
- Presidente da SBGG – seccional Goiás no período de julho de 2020 a julho de 2024;
- Integrante e preceptora do Núcleo de Apoio ao Paciente em Cuidados Paliativos do Hospital Alberto Rassi – HGG no período de 2015 a 2025;
- Supervisora do Programa de Residência em Medicina Paliativa do Hospital Alberto Rassi – HGG no período de 2023 a 2025.



