Sarcopenia pode levar a incapacidade e dependência funcional

Conhecida como sarcopenia, ela parece decorrer da interação complexa de distúrbios da inervação, diminuição de hormônios, aumento de mediadores inflamatórios e alterações alimentares que ocorrem durante o envelhecimento.

Em idosos, mesmo entre os saudáveis, existe uma maior prevalência de incapacidade e dependência funcional que está intimamente associada à redução da massa muscular. Conhecida como sarcopenia, ela parece decorrer da interação complexa de distúrbios da inervação, diminuição de hormônios, aumento de mediadores inflamatórios e alterações alimentares que ocorrem durante o envelhecimento. A perda de massa e força muscular causam a redução de mobilidade e aumento da incapacidade funcional e dependência.

 

Estima-se que, de 1996 a 2025, o percentual de idosos aumentará cerca de 200% nos países em desenvolvimento, e o Brasil segue essa tendência mundial. A estimativa para 2025 é de um aumento de mais de 33 milhões, colocando o Brasil na sexta posição do maior percentual populacional de idosos no mundo.

 

A sarcopenia é utilizada como variável na síndrome de fragilidade, altamente prevalente em idosos, que confere maior risco para quedas, fraturas, incapacidade, dependência, hospitalização recorrente e mortalidade. Essa síndrome representa uma vulnerabilidade fisiológica relacionada à idade, resultado da deterioração da homeostase biológica e da capacidade do organismo de se adaptar às novas situações de estresse. Outros fatores relacionados a síndrome de fragilidade incluem perda de peso recente (especialmente da massa magra); auto relato de fadiga; quedas frequentes; fraqueza muscular; diminuição da velocidade da caminhada e redução da atividade física, todos relacionados ao desempenho do sistema musculoesquelético.

 

Estima-se que, a partir dos 40 anos, perde-se cerca de 5% de massa muscular a cada década, com declínio mais rápido após os 65 anos. Atualmente, o meio mais utilizado para o diagnóstico de sarcopenia é a densitometria de corpo total para a avaliação da composição corporal – massa óssea, massa magra e massa adiposa total. As vantagens dessa técnica são a praticidade, a aquisição de medidas objetivas em tempo curto de exame, o custo relativamente baixo quando comparado a outras metodologias, pouca radiação ionizante e boa reprodutibilidade.

 

A redução da ingestão alimentar, a chamada “anorexia do envelhecimento”, é fator importante no desenvolvimento e progressão da sarcopenia, principalmente quando associada a outras comorbidades. A ingesta alimentar reduzida no idoso ocorre devido aos seguintes fatores: perda de apetite, redução do paladar e olfato, saúde oral prejudicada, saciedade precoce, fatores psicossociais, econômicos e medicamentos. A ingestão reduzida de proteínas, ocasiona redução da massa magra e da força muscular. A partir disso discute-se a necessidade de suplementação proteica na população idosa.

 

A sarcopenia relacionada ao envelhecimento também tem como fator contributivo a inatividade física. Idosos com menor atividade física têm também menor massa muscular e maior prevalência de incapacidade funcional. A prática regular de exercícios ao longo da vida, torna a perda muscular do envelhecimento mais lenta. E a melhor forma de prevenção da sarcopenia e de recuperação da massa muscular são os exercícios de resistência. Dessa forma, vale a pena ressaltar que a prevenção é a estratégia mais importante e eficiente para evitar a dependência funcional.

 

 

Dra. Eliza de Oliveira Borges

Geriatra 

CRM-GO: 14388
RQE: 9751

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás;
  • Residência em Clínica Médica pelo Hospital de Urgências de Goiânia ( HUGO);
  • Residência em Geriatria pelo Hospital de Urgências de Goiânia;
  • Titulada em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG);
  • Pós – graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamérica / Medicina Paliativa, Buenos Aires- Argentina;
  • Preceptora da Residência de Clínica Médica do Hospital  Alberto Rassi- HGG;
  • Integrante do Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo ( NAPP), Hospital Alberto Rassi- HGG.
  • Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seção Goiás (Gestão 2020 a 2023).

 

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Redação do Geriatria Goiânia

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