Alterações na velhice

O processo de envelhecimento é complexo, irreversível e variável. Ocorrem diversas alterações orgânicas ao longo do tempo, que tornam a pessoa idosa mais vulnerável a doenças e agressões externas, além das características visíveis no corpo. No entanto, existem muitas informações equivocadas sobre a velhice, por exemplo:
Perda de memória na velhice é normal
Mesmo ocorrendo mudanças neurológicas na terceira idade, que justificam um processamento mais lento de informações, a perda de memória que impede o idoso de manter as suas atividades habituais pode ser sinal de alguma doença que afeta a cognição. É necessária uma avaliação do grau de perda, das funções cognitivas afetadas e dos possíveis interferentes.
Idoso não precisa fazer exercícios físicos
Mesmo com a diminuição do desempenho físico do idoso, o exercício físico supervisionado é essencial em qualquer idade. O exercício físico melhora a força muscular, previne ou retarda o declínio cognitivo, previne ou contribui para o melhor controle de doenças crônicas, previne quedas e é importante auxiliar no tratamento de transtornos do humor. Portanto, o exercício físico é essencial para o envelhecimento saudável. Claro, sempre supervisionado por profissional habilitado, individualizado e respeitando os limites de cada idoso.
Tristeza é normal
Não, tristeza não é normal. Em fase de fim de vida, a pessoa pode passar por um processo de reflexão existencial que a faz mais calada e isolada. Esse “silêncio do idoso” deve ser respeitado, mas não ignorado. Sintomas depressivos devem ser avaliados por um geriatra, buscando uma avaliação global das causas. A depressão não tratada gera consequências muito graves, como déficit cognitivo, quedas, perda funcional, desnutrição e agravamento de doenças crônicas.
Idoso precisa tomar muito remédio
Infelizmente, uma importante causa de perda funcional, quedas, perda de apetite e confusão mental é o excesso de medicações ou medicações inapropriadas para o idoso. O idoso não pode ser tratado através de protocolos rígidos, com metas estabelecidas para a população geral. Muitas vezes, em um idoso frágil, a desprescrição é um tratamento. Por isso, a importância de uma avaliação ampla e individualizada pelo geriatra.
Dra. Eliza de Oliveira Borges
Geriatra
CRM-GO: 14388
RQE: 9751
- Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás;
- Residência em Clínica Médica pelo Hospital de Urgências de Goiânia ( HUGO);
- Residência em Geriatria pelo Hospital de Urgências de Goiânia;
- Titulada em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG);
- Pós – graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamérica / Medicina Paliativa, Buenos Aires- Argentina;
- Preceptora da Residência de Clínica Médica do Hospital Alberto Rassi- HGG;
- Integrante do Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo ( NAPP), Hospital Alberto Rassi- HGG.
- Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seção Goiás (Gestão 2020 a 2023).
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