Cuidado com medicações para dormir!

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Idosos devem evitar medicação para dormir-Imagem/Freepik

Com o envelhecimento, o padrão de sono do idoso passa por alterações. Geralmente o período de sono profundo é mais curto, os despertares são mais frequentes e a percepção é de um sono “mais leve”. Insônia ou dificuldade de iniciar ou manter o sono são queixas frequentes e que interferem muito na qualidade de vida do idoso.

Por isso, muitos idosos recorrem ao uso de medicações, como os benzodiazepínicos, famosos “tarja preta”. Não raro, por conta própria. É comum um conhecido, vizinho ou parente ter a mão a medicação e oferecer um teste; ou é prescrito por um médico, mas não há uma reavaliação. Essas drogas não são isentas de efeitos adversos e ou interações medicamentos potencialmente prejudiciais. Podem ocorrer sérias consequências como:

1️-Quedas – provocam redução dos reflexos e instabilidade postural;

2️-Dependência – quando doses cada vez maiores são necessárias para manter o efeito desejado;

3️-Comprometimento cognitivo – podem levar ao comprometimento da memória, atenção e concentração ao longo do tempo;

4️-Sonolência excessiva diurna – prejudicando ainda mais o sono noturno e a rotina do idoso.

Em grande parte dos casos de insônia, a melhor escolha são intervenções não farmacológicas, incluindo a higiene do sono, uma rotina de exercícios físicos, alimentação equilibrada e terapias comportamentais.

A avaliação criteriosa do inventário medicamentoso do idoso pode indicar um reajuste de horários, doses ou até mesmo suspensão de medicamentos inapropriados, contribuindo positivamente no sono. A prescrição de medicamentos deve ser individualizada e seriadamente reavaliada.

Dra. Eliza de Oliveira Borges

Geriatra

CRM-GO: 14388
RQE: 9751

Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás;
Residência em Clínica Médica pelo Hospital de Urgências de Goiânia ( HUGO);
Residência em Geriatria pelo Hospital de Urgências de Goiânia;
Titulada em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG);
Pós – graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamérica / Medicina Paliativa, Buenos Aires- Argentina;
Preceptora da Residência de Clínica Médica do Hospital Alberto Rassi- HGG;
Integrante do Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo ( NAPP), Hospital Alberto Rassi- HGG.
Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seção Goiás (Gestão 2020 a 2023).