Até um terço das demências podem ser evitadas com hábitos saudáveis

O controle da hipertensão, do diabetes e da depressão, e a adoção de hábitos saudáveis, como não fumar e fazer exercícios físicos, também são fatores de proteção.

As Demências, como o Alzheimer, ainda não tem cura, porém, cada vez mais pesquisas apontam que é possível prevenir ao menos um terço delas.  Essas condições se caracterizam por perda de memória, prejuízo da linguagem, alterações de comportamento e outras funções neurológicas. Na maioria das vezes são progressivas.

Já na infância, com a alfabetização, é possível reduzir os riscos das doenças inclusive as demências. O estímulo intelectual não impede o surgimento da doença, mas retarda ou ameniza os sintomas.

Além da estimulação cerebral, considera-se também outros fatores de proteção como  o controle da hipertensão, do diabetes e da depressão e a prática de hábitos saudáveis, como não fumar e fazer exercícios físicos regularmente.

Estudos têm chegado a essa conclusão. No ano passado, a revista médica “The Lancet” publicou um relatório com uma revisão sistemática sobre o tema. O relatório reuniu estudos em que os participantes foram avaliados em relação a diversos fatores de risco e acompanhados por vários anos afim de  detectar o aparecimento dos sintomas de demência durante o envelhecimento. Depois disso, foram investigados quais desses fatores estavam associados a um risco maior da doença.

Segundo o relatório, cerca de 47 milhões de pessoas têm algum tipo de  demência no mundo e são gastos US$ 818 bilhões anualmente. A doença tende a atingir principalmente os países mais pobres. A estimativa é que em 2030 haverá 75 milhões de pessoas com demência no mundo, ao custo de mais de US$ 2 trilhões.

Autora do best-seller “100 Dicas Simples para Prevenir o Alzheimer – E a Perda de Memória“, Jean Carper afirma que o a Doença de Alzheimer e outras demências são geneticamente influenciadas, mas que o estilo de vida saudável e fatores ambientais não agressores  podem minimizar os efeitos.

Pessoas com genes relacionados ao Alzheimer têm mais predisposição, mas não estão necessariamente predestinadas a desenvolver a doença. É importante realizar atividades e ter hábitos que mantenham o cérebro o mais ativo e saudável possível”, diz ela.

ESTUDO

Um estudo feito pela USP a partir da autópsia de 1.092 cérebros de pacientes falecidos com mais de 50 anos detectou que 480 deles tinham sintomas e diagnóstico de demência. Destes, 35% dos casos eram demência do tipo vascular.

Segundo Claudia Suemoto, professora de geriatria da USP e uma das autoras do estudo, publicado no periódico “Plos Medicine“, a sugestão diagnóstica é feita por meio de lesões vasculares no cérebro, associadas aos sintomas cognitivos. “Uma explicação provável é que fatores de risco cardiovascular não controlados, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo e inatividade física, estejam causando essas lesões cerebrovasculares“, explica.

Para ela, além de ser informada sobre esses fatores que aumentam o risco de demência, a população precisa ter acesso aos serviços de saúde para avaliação, tratamento e controle deles.

O relatório publicado no “The Lancet” também examinou o efeito de intervenções não farmacológicas para pessoas com demência e concluiu que elas têm um importante papel no tratamento, especialmente no controle dos sintomas comportamentais, como a agitação e agressividade.

As evidências indicaram que intervenções psicológicas, sociais e ambientais, como a promoção do contato social, tiveram um resultado melhor que os remédios antipsicóticos para tratar os sintomas comportamentais associados à demência.

 

 

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Redação do Geriatria Goiânia

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