Sono fragmentado prejudica a memória
Uma pesquisa com ratos mostra que pertubação do sono profundo interfere no armazenamento de memória pelo cérebro.

Um sono interrompido afeta a capacidade cerebral de armazenar memórias. As descobertas da Academia Nacional de Ciências podem ajudar a explicar os problemas de memória ligados à doenças, incluindo a Doença de Alzheimer e Apneia do sono.
Em um estudo realizado com ratos, os pesquisadores estimularam o cérebro dos animais com pulsos de luz durante o sono, causando pertubação, mas sem afetar diretamente o tempo total de sono.
Os animais foram então colocados, em vigília, em uma caixa com dois objetos, um desconhecido e o outro não. Aqueles que tinham o sono ininterrupto passaram mais tempo examinando o novo objeto. Mas os animais que tiveram sono interrompido estavam igualmente interessados em ambos os objetos, sugerindo que suas memórias tinham sido afetadas.
Como no período de sono profundo o cérebro armazena acontecimentos do dia a dia, a pesquisa concluiu que sono com má qualidade dificulta o reconhecimento de objetos familiares pelos animais.
A continuidade do sono, segundo os pesquisadores, é um dos principais fatores afetados em várias doenças que têm relação com a memória, incluindo o Alzheimer e outros déficits cognitivos relacionados com a idade. O sono interrompido também afeta as pessoas que abusam do álcool e aquelas com apneia do sono – condição que diminui os níveis de oxigênio circulante durante o sono devido à obstrução parcial ou total das vias aéreas, contribuindo para a má qualidade do sono.
Mesmo não havendo evidências documentadas de uma relação causal entre a interrupção do sono e qualquer doença que afeta a memória, uma quantidade mínima de sono ininterrupto é crucial para a consolidação da memória.
Dra. Eliza de Oliveira Borges
Geriatra
CRM-GO: 14388
RQE: 9751
- Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás;
- Residência em Clínica Médica pelo Hospital de Urgências de Goiânia ( HUGO);
- Residência em Geriatria pelo Hospital de Urgências de Goiânia;
- Titulada em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG);
- Pós – graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamérica / Medicina Paliativa, Buenos Aires- Argentina;
- Preceptora da Residência de Clínica Médica do Hospital Alberto Rassi- HGG;
- Integrante do Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo ( NAPP), Hospital Alberto Rassi- HGG.
- Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seção Goiás (Gestão 2020 a 2023).
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