Progressão da Demência no Mundo

Quando se fala em demência engloba-se as síndromes cerebrais degenerativas progressivas que afetam a memória, pensamento, comportamento e emoção.

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Reconhecer a demência como uma doença e mudar o estigma que ainda está associado a essa condição continua sendo um desafio. Ao reconhecermos os sinais e sintomas iniciais da demência, podemos detectar e diagnosticar a doença na fase inicial e procurar tratamento especializado.

Quando se fala em demência engloba-se as síndromes cerebrais degenerativas progressivas que afetam a memória, pensamento, comportamento e emoção. A doença de Alzheimer e a demência vascular são os tipos mais comuns de demências e são responsáveis por mais de 90% dos casos. Os sintomas da demência podem ser: perda de memória, dificuldade em encontrar palavras ou compreender o que as pessoas dizem, dificuldade em desempenhar tarefas rotineiras e mudanças de personalidade e do humor.

A demência não escolhe classe social, econômica ou limites geográficos. Embora cada pessoa tenha uma experiência única com a demência, eventualmente aqueles afetados estarão impossibilitados de cuidar de si e precisarão de auxilio em todos os aspectos da vida diária. No momento, não há cura para muitos dos tipos de demências, mas existem tratamentos, orientações e suporte.

A cada 3 segundos uma pessoa no mundo desenvolve demência. O número de casos de demência no mundo, irá quase duplicar a cada 20 anos, alcançando uma estimativa de 131, 5 milhões de pessoas por volta de 2050.

Atualmente a demência é amplamente reconhecida como uma das mais significativas crises de saúde do século 21.

Infelizmente, a ausência de uma política pública de demência torna os governos despreparados para a epidemia da doença e há uma necessidade urgente de ação colaborativa e global para combater o impacto da mesma. Em maio de 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou um plano global de demência que possui metas para o progresso nas sete áreas de conscientização de demência, redução de risco, diagnóstico, cuidados e tratamento, suporte para parceiros de cuidados e pesquisas até 2025.

A Alzheimer’s Disease International (ADI) está estimulando os governos a agirem agora para atingir os objetivos do plano através da introdução de Planos Nacionais de Demência em todos os países.

Dados Estatísticos

A maioria das pessoas com demência vive em países de baixa e média renda e em algumas regiões o número deverá aumentar em cinco vezes até 2050.Em relação aos países de alta renda espera-se o dobro do número de pessoas que vivem com demência.

Prevenção e Diagnóstico

O diagnóstico de demência ao ser realizado precocemente garantirá que as pessoas que vivem com essa doença, vivam com mais qualidade de vida.

Estatisticamente nos países de baixa e média renda, para cada dez indivíduos com demência apenas um recebe o diagnóstico e menos de um em cada dois indivíduos são diagnosticados em países de alta renda. É necessário maior acesso aos serviços de saúde para auxílio no diagnóstico e planejamento da conduta. A prevenção e o diagnóstico precoce da demência podem diminuir os gastos dos governos em saúde, reduzindo o alto custo das intervenções de emergência e de saúde evitáveis, melhorando os cuidados e aumentando a eficácia dos serviços de assistência social, comunitária e outros.

O diagnóstico precoce tem o poder de mudar a percepção da demência, ao demonstrar que se pode ter uma vida com qualidade, desde que se tenha um adequado suporte, respeito e acesso a serviços.

As ações preparadas pela ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) para o Dia Mundial da Doença de Alzheimer têm o objetivo de levar ao público esclarecimento sobre a doença, a importância do diagnóstico precoce e de propagar a Associação como fonte de informação e de apoio aos familiares, cuidadores e profissionais de saúde que convivem e cuidam de doentes com Alzheimer e outras demências.

Fonte: ABRAz