Conheça as doenças mais comuns que afetam os idosos

Maior expectativa de vida aumenta incidência de enfermidades ligadas à idade.

O envelhecimento é um processo natural da vida. O aumento da expectativa de vida fez com que cada vez mais pessoas cheguem a terceira idade e, consequentemente as doenças ligadas à velhice se tornaram ainda mais comuns.

A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Inês Mattos, explica que, de modo geral, as doenças crônicas são as que mais afetam os idosos e estão relacionadas a vários aspectos.

As doenças crônicas são causadas normalmente pela exposição a fatores de risco, estilo de vida, sedentarismo, hábitos alimentares, obesidade e tabagismo. Além disso, também sofrem influencia do envelhecimento das células.

Pneumonia

A pneumonia não é uma doença crônica, mas ela pode ocorrer em pessoas com problemas respiratórios crônicos, como bronquite. Geralmente, ela é provocada por uma bactéria ou por um vírus que infecta os pulmões e causa febre, dor para respirar, tosse e catarro. Interessante notar que, devido a fragilidade de muitos idosos, estes podem não apresentar febre e outros sintomas clássicos da pneumonia do adulto. Muitas vezes a pneumonia no idoso se apresenta com confusão mental, queda e falta de ar.

O tratamento é feito com antibióticos se a doença for provocada por bactérias. E por vírus, o tratamento pode ou não necessitar de antivirais. Medicamentos sintomáticos, nebulizações e manobras para expectorar podem ser utilizadas. Em casos graves, se não tratada, a pneumonia pode levar à morte. Por isso, sempre procure um médico. Hoje, já existe vacina contra a pneumonia recomendada para idosos.

Insuficiência cardíaca

Essa doença pode ser causada por hipertensão, arritmia de longa data, enfisema pulmonar, doença de chagas entre outras. Tabagismo e sedentarismo também são fatores de risco.

A falta de ar e inchaço podem ser sintomas da insuficiência cardíaca. Em casos avançados há importante comprometimento da qualidade de vida, levando o idoso a internações recorrentes e até morte. O tratamento é complexo e abrange medicamentos e outras medidas para o controle dos sintomas.

AVC (Acidente Vascular Cerebral)

É o comprometimento de um ou mais vasos sanguíneos que irriga uma determinada área do cérebro. Pode ocorrer na forma de obstrução ou sangramento ( o famoso “derrame”). Os fatores de risco do AVC são, entre outros, fumo, sedentarismo, obesidade e hipertensão. Por isso, é necessário fazer acompanhamento médico, manter uma vida saudável e controlar a hipertensão. Os sintomas são diversos, podendo ocorrer tontura, desmaio e paralisia súbita.

Infarto

O problema afeta mais os homens. O infarto tem como fatores de risco, a falta de atividade física, fumo, diabetes, colesterol alto e obesidade. Por isso é importante fazer exercícios físicos e ter uma alimentação saudável.

O infarto ocorre devido ao entupimento das artérias do coração com placas de gordura. Essa condição pode provocar subitamente falta de ar, dor no peito e palpitação. É clássica a dor na região esquerda do peito, tipo queimação, aperto ou abafamento, que se irradia para o pescoço ou braço esquerdo. Mas o idoso, principalmente o idoso frágil e com mais de 80 anos, os sintomas podem ser atípicos, como dor no estômago, queda e tontura.

Diabetes

O diabetes é causado pela falta total ou parcial de insulina, responsável por transportar a glicose para as células. Por isso, o diabetes provoca o aumento do nível de açúcar no sangue. Se não controlado, pode trazer complicações, como infarto, cegueira, AVC, trombose de artérias em membros inferiores e levar até a uma amputação.

Para checar os níveis de açúcar no sangue é necessário realizar exames de sangue. Na maioria dos casos, evita-se o diabetes com uma dieta balanceada e atividades físicas (Diabetes tipo 2). Mas existem os casos que são determinados pela genética (Diabetes tipo1).

Alguns sintomas da doença são o aumento da vontade de urinar, aumento do apetite e da sede, tontura e fraqueza. Porém, é importante lembrar que muitos casos são silenciosos, e a pessoa, geralmente idosa, só reconhece a gravidade da doença quando aparecem as complicações.

Osteoartrose

Osteoartrose é a alteração nas articulações que ocorre devido ao desgaste ao longo da vida gerando a perda da lubrificação natural. Em alguns casos, é ocasionado por um fator agressivo sobre uma articulação, como queda ou fratura.

Os principais sintomas da osteoartrose são dor, rigidez, limitação dos movimentos e, em fases mais avançadas, deformidades. A osteoartrose por si só, não leva a morte, porém é responsável por importante prejuízo na qualidade de vida dos idosos. Pode por exemplo, ser uma causa de queda e trazer consequências catastróficas para o idoso.

Osteoporose

Devido a queda natural de hormônios no processo do envelhecimento, ocorre a perda da reserva de cálcio nos ossos, deixando-os mais frágeis. A doença acomete mais as mulheres, já que essa perda está muito associada a redução do estrogênio após a menopausa (última menstruação).

Com a diminuição do cálcio, os ossos frágeis têm maior chance de sofrer fraturas, se o idoso cair. Em casos graves de osteoporose, podem ocorrer fraturas até mesmo com o idoso em repouso.

É importante ressaltar que a osteoporose por si só não causa dor, a  não ser que haja uma fratura. Devido a falta de sintomas, é importante procurar um médico para fazer exames de rotina. A melhor forma de prevenção é a prática de atividade física regular durante a fase jovem e adulta.

Catarata

É o envelhecimento do cristalino, uma espécie de lente atrás do olho, que afina e se desgasta com a idade e causa dificuldades na visão. É comum o paciente idoso referir visão embaçada e mudança da cor dos olhos. O tratamento cirúrgico, realizado somente por oftalmologista, consiste em substituir o cristalino por uma lente. Além do tratamento cirúrgico, orientações para a prevenção de quedas nos idosos são muito importantes.

É possível se prevenir?

Os cuidados com a saúde devem começar desde cedo, sendo que os fatores mais importantes são: a prevenção, o tratamento precoce e a reabilitação, caso o idoso já tenha alguma sequela.

Mesmo se toda a população tivesse hábitos alimentares saudáveis, praticasse atividades físicas e não consumisse tabaco e álcool, essas atitudes não acabariam 100% com as doenças, afirma Inês.

A doença não é causada só por um fator, mas por vários fatores. Estudos mostram que sem o tabagismo, a obesidade e o sobrepeso, por exemplo, existiria uma redução substancial em várias dessas doenças crônicas.

Atualmente, o número de doenças crônicas é muito maior que os casos de doenças infecciosas. Isso ocorre por causa da imunização e dos novos antibióticos que  diminuíram a incidência das doenças infecciosas. Em contrapartida, a expectativa de vida maior aumentou a incidência de doenças crônicas.

 

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Redação do Geriatria Goiânia

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